Manoel Carlos de Alcântara Carreira (1876-1928)
Poeta e jornalista, assinava somente como ‘Alcantara Carreira’.
Entre outras obras, foi autor dos livros ‘Livro da Alma’, Doida Juventude’, ‘Deixando a Pátria’, ‘Pecadora’, ‘Milagre de Amor’ e ‘D’aquem e D’alem-mar’.
Manoel viveu com sua mulher, a brasileira Cymodocea Bresser Monteiro, em Lisboa, na Av. da Liberdade, numa moradia tipo apartamento. Teve dois filhos e uma filha. Um dos meninos – Rogério - morreu muito cedo. A mulher regressou ao Brasil quando ficou viúva, com Violeta e Célio.
Manoel foi várias vezes ao Rio de Janeiro, em comitivas de poetas, escritores e outros intelectuais, para conferências organizadas pela Associação Brasileira de Imprensa - ABI. Era um jornalista. Os seus amigos e companheiros de trabalho eram intelectuais (poetas, escritores, jornalistas) que odiavam Salazar, a Igreja dominante, os padres, etc. Anticlericais convictos! Tratava-se de um movimento a favor da liberdade de pensamento, onde se integravam, entre outros, Guerra Junqueiro ou Eça de Queiroz.
Depois de uma conferência na ABI, sofreu um enfarte dentro do elevador, e morreu no Rio de Janeiro. Não se sabe onde foi sepultado, se no Brasil ou em Portugal
Manoel andou sempre entre Portugal e Brasil, não por causa da família brasileira mas devido às suas actividades intelectuais e ao interesse em estabelecer uma ponte entre a pátria-mãe e o Brasil, do ponto de vista mais cultural do que político. Um interesse que não era só dele, mas de um grupo que defendia uma linha de pensamento que foi forte na época.